querida espanhola, penso em ti todos os dias,
és aquilo que tenho que mais se assemelha a amor,
mas não to posso dizer, porque estamos tão
longe e o meu corpo tornou-se - tornei-o -
asqueroso e pobre, sem nada de monetário
na carteira ou nas algibeiras, só umas
músicas vagas q.b., mentiras existenciais
de amor e entrega em vão. maria, se me
deixasses, se pudesse, dizia-te que ardes no
escuro, fosforescente como o cu de um piri-
lampo perene, imune à biologia das estações,
sem necessidade de alimentos, tecendo um
nylon vegetal para dentro da minha boca
aberta numa oração inaudível, uterina.
28/04/2014
24/04/2014
chacal: a caça
na quinta-feira em veneza
com a gripe com a merda da morte
nas narinas a ler poemas dos outros à
espera que a alemã no café queira uma
pérola de meita no olho do cu.
com a gripe com a merda da morte
nas narinas a ler poemas dos outros à
espera que a alemã no café queira uma
pérola de meita no olho do cu.
09/04/2014
nunca vi chuva ácida
mas em meio físico e social a professora falava dos
perigos iminentes da chuva ácida.
todo um bando de miúdos irritantes
embora uns mais do que outros
acabou por crescer sem experienciar os efeitos devastadores
desse fenómeno horrível, provocado pela poluição, pelo
cancro que são os seres humanos no corpo saudável
do planeta.
talvez em Buenos Aires ou na Cidade do México a
chuva já nos tivesse dissolvido há muitos anos atrás.
perigos iminentes da chuva ácida.
todo um bando de miúdos irritantes
embora uns mais do que outros
acabou por crescer sem experienciar os efeitos devastadores
desse fenómeno horrível, provocado pela poluição, pelo
cancro que são os seres humanos no corpo saudável
do planeta.
talvez em Buenos Aires ou na Cidade do México a
chuva já nos tivesse dissolvido há muitos anos atrás.
03/04/2014
sex são
corro no meio e entre
e alcanço
a custo onde te
escondes com as compras
para esta semana
pensos higiénicos e outras
construções domésticas
sine quibus non
corro no meio
da coagulação como
se pretendesses
que corresse
que chegasse e tocasse
e te pedisse
esmaga-me
o crânio entre
as pernas
fêmea mito suando
uma voz um sangue
num cálice de carne
quem me dera
querer-te como
precisava de
querer alguém
sem substância
como te quero
aqui dentro na
genética
no sangue entre
onde no meio
das tuas pernas
quentes e
belas e
esmagando o
crânio contra o
sangue até que os
olhos se confundam
na paixão
aquática
as tuas mãos
puxando o cabelo no
crânio
"ama-me no meio das
compras para esta semana
os pensos higiénicos
os pensos rápidos
os tampões
os ralos
os rolos de papel
de cozinha"
quem me dera amar-te
com a boca como
amo quem não devo
como te amo aqui dentro
porque aqui dentro
posso
sempre
tudo.
e alcanço
a custo onde te
escondes com as compras
para esta semana
pensos higiénicos e outras
construções domésticas
sine quibus non
corro no meio
da coagulação como
se pretendesses
que corresse
que chegasse e tocasse
e te pedisse
esmaga-me
o crânio entre
as pernas
fêmea mito suando
uma voz um sangue
num cálice de carne
quem me dera
querer-te como
precisava de
querer alguém
sem substância
como te quero
aqui dentro na
genética
no sangue entre
onde no meio
das tuas pernas
quentes e
belas e
esmagando o
crânio contra o
sangue até que os
olhos se confundam
na paixão
aquática
as tuas mãos
puxando o cabelo no
crânio
"ama-me no meio das
compras para esta semana
os pensos higiénicos
os pensos rápidos
os tampões
os ralos
os rolos de papel
de cozinha"
quem me dera amar-te
com a boca como
amo quem não devo
como te amo aqui dentro
porque aqui dentro
posso
sempre
tudo.
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