exanimatus

sou capaz de sobreviver à dor e viver sozinho durante um ou dois milénios mas custa-me ter de me arder tudo, tudo ter de se consumir numa violência de incêndio

22/01/2016

1879

branco no leite coalhado,
num olho lento que se
move para cima e para
baixo, uma borracha na
boca, uma pastilha,
amigos mortos atirados
para dentro das banheiras
enormes e pesadas atrás
do hospital. uma corda
ao pescoço e um crucifixo
enfiado numa gaveta, na
memória obsoleta das coisas
que sangram.

Posted by Pedro Tiago at 14:16
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