31/07/2015

Filamento #4

sei onde começa e onde termina um certo charme, uma mentira cinzenta entupida de muito cabelo e cotão e pentelhos sobre o que sou, o que vêem que sou - o que ofereço do que quero que pensem que sou.
no intervalo disso, vou apodrecendo, vou fingindo estar a viver, ouço umas músicas que façam com que consiga ter perdido tudo o que perdi, tudo o que perco sempre.
era urgente que me enfiassem as tripas num liquidificador e as dessem de beber a um recém-nascido. "agora vais ter de crescer e viver com este gajo em ti, contigo, e pode ser que as coisas sejam melhores para os dois."

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